Carnaval e Universo Corporativo: mais próximos do que você imagina
Quando pensamos em Carnaval, a maioria das pessoas visualizam cores, ritmo, energia e alegria. Já o universo corporativo costuma ser associado a estratégias, metas, entregas e performance. À primeira vista, parecem mundos distantes. No entanto, basta observar de perto a construção de um desfile para perceber que a lógica do Carnaval é, essencialmente, a lógica de uma grande organização orientada por propósito.
Carnaval como Projeto: uma engenharia de gestão complexa
Uma escola de samba opera, ao longo de um ano, como um ecossistema integrado que mobiliza centenas de pessoas: artistas, produtores, instrumentistas, setores administrativos, comunidades inteiras. Seu produto final, o desfile — é a materialização de um projeto estratégico multifuncional.
Asim como nas empresas, nada acontece por acaso. Cada decisão impacta o todo. Dos estudos históricos que definem o enredo à construção do samba, da criação das fantasias à evolução da bateria, tudo exige:
- Planejamento estratégico: definição de propósito, objetivos e narrativa;
- Gestão de processos: cronogramas, reuniões, checkpoints e entregas;
- Liderança colaborativa: alinhamento entre diferentes setores e perfis;
- Comunicação clara: todos precisam compreender o enredo e seu papel nele;
- Execução impecável: no desfile — assim como no mercado — não há “segunda chance.”
A teoria organizacional contemporânea já aponta que projetos de alta complexidade dependem de sistemas colaborativos, inteligência coletiva e capacidade de adaptação contínua. As escolas de samba são um exemplo vivo dessas práticas muito antes de elas virarem modas corporativas.
O poder dos detalhes: onde se ganha ou se perde um título
No Carnaval, um único detalhe pode custar um campeonato. Da mesma forma, nas empresas, micro falhas em processos, comunicação ou liderança comprometem resultados. A analogia é direta: quando todos entendem seu papel e trabalham conectados, o desfile flui e o mercado reconhece.
Um enredo que é cultura, ancestralidade e estratégia
Neste final de semana, nos reunimos para apresentar ao mundo do samba o nosso enredo “Yvy Marã Ei: A Busca Pela Terra Sem Mal”, uma homenagem profunda aos povos originários. Um tema que carrega ancestralidade, conhecimento e potência cultural.
Além de seu valor artístico, o enredo nos lembra de algo essencial também no ambiente corporativo: projetos com propósito mobilizam mais, conectam mais e inspiram mais. A antropologia organizacional nos mostra que grupos performam melhor quando reconhecem suas raízes, seus símbolos e suas histórias exatamente o que o samba faz com maestria há décadas.
Aprendizados que atravessam fronteiras
O Carnaval ensina, com brilho e verdade, aquilo que muitas empresas buscam construir:
- Cultura de pertencimento;
- Cooperação multissetorial;
- Criatividade aplicada à solução de problemas;
- Respeito às diversidades;
- Alinhamento em torno de um propósito comum.
Quando propósito, estratégia e paixão se encontram, o resultado ganha força no Sambódromo e nos negócios. Que venha um Carnaval de reflexões, beleza e conexões
Que esse ciclo nos inspire a olhar para nossas organizações com mais humanidade, sensibilidade e visão sistêmica. Que possamos aprender com a potência das comunidades do samba e com o legado dos povos originários, compreendendo que gestão também é cultura, é cuidado, é construção coletiva.
Mestre Adamastor é formado em administração de empresas, palestrante internacional, mestre de bateria e presidente de escola de samba.
#Carnaval2025 #CarnavalCorporativo #MundoDoSamba #UniversoCorporativo #CulturaOrganizacional #Estratégia #GestãoComPropósito #Liderança #TrabalhoEmEquipe #Colaboração #Criatividade #MestreAdamastor #TeamBuilding #X9Paulistana #TeamBuildingEscoladeSamba

